tag:blogger.com,1999:blog-60857618486434338302024-03-13T07:49:57.874-07:00Vírgula mesmodividir sonhos, idéias, pensamentos ... vivências.Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-91376846315576167712011-06-23T19:33:00.000-07:002011-06-23T20:06:57.076-07:00filme NATIMORTO: no que vocês pensaram?!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-hFs1bY8dLKQ/TgP_SAJ1QMI/AAAAAAAAAFQ/SaZk1HgbOyc/s1600/1865507-6646-cp.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 212px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-hFs1bY8dLKQ/TgP_SAJ1QMI/AAAAAAAAAFQ/SaZk1HgbOyc/s320/1865507-6646-cp.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621617444632477890" /></a><br />vi o filme NATIMORTO, de Lourenço Mutarelli, com ele mesmo e Simone Spoladore, e direção de Paulo Machline.<br />um filme interessante, mas cansativo.<br /><br />saí do cinema e pensei sobre a experiência ali vivida, e falei sozinha: "amar é cuidar!!!! é querer proteger o ouro das loucuras do mundo." <br /><br />o que eu entendi sendo performer e vendo performances, é que, na arte, cada um capta algo particular ao seu mundo. <br />o que eu entendo de uma obra, a minha reflexão sobre um quadro (por exemplo) é diferente da sua! <br />porque eu tenho uma vivência, um pensamento, diferente do seu!<br /><br />e, por incrível que pareça, de um filme pesado, estranho, o que ficou para mim foi o amor e a necessidade, até desesperada do personagem, de proteger o amor e sua amada da crueldade, dos "tomates" que o mundo nos joga. <br /><br />e será que é isso mesmo: amar, é cuidar do outro? é um proteger o outro do mundo? das loucuras e dos "tomates" do mundo contra nós? <br /><br />e se for, é muito sério o compromisso do amor. <br />me fez pensar nisso.<br />no amor.<br /><br />e vocês que viram o filme? pensaram no quê?Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-44250567469718816772011-06-12T18:55:00.000-07:002011-06-12T19:17:35.202-07:00balangandãs e liberdadenunca gostei de usar brincos com pulseiras, com colares, com presilhas.<div>ouvi no rádio, num programa que dava "consultoria" para mulheres, que a mulher pode no máximo mesclar 7 itens!!!</div><div>pensei.... uau.... sete!!!! imagine: pulseira, colar, brinco, piranha, .... que mais???</div><div>relógio! <br />pra mim, muito menos relógio!!!!</div><div><br /></div><div>bem, uma vez tentei usar. mas não durou mais que dois eufóricos meses. se foram dois meses inteiros.....</div><div><br /></div><div>pronto... não uso nada!</div><div>agora, no máximo uma corrente com um camafeu, com uma foto dentro, que ganhei e é meu amuleto. que em momentos difíceis me fez lembrar quem era, ou seja: amuleto!</div><div><br /></div><div>ok. às vezes me rendo às pulseiras.... ah, sim. delas eu gosto!</div><div>muitas....</div><div><br /></div><div><br /></div><div>e algumas pessoas tentam me convencer a usar e gostar dos balangandãs...... </div><div>definitivamente, não consigo. </div><div>e fiquei tranquila a respeito deste meu gosto, quando li Flávio de Carvalho dizendo de onde vinham as jóias!!!!! só pra dar um exemplo situando-os.....: o colar: era usado como argola para amarrar um escravo noutro. assim como os brincos, no nariz, na orelha.... no braço, no tornozelo..... </div><div><br /></div><div>ahhhh... quero mais é ser livre.... !!!!!!</div><div><br />mas claro,.... as vezes, com bastante pulseiras!!!!!!!! <br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-24825868162634514922011-05-19T19:45:00.000-07:002011-05-19T19:46:27.682-07:00"minha libertação leva trauma aos outros. é assustador como as pessoas não querem olhar quando algo se revela." Maria Ruth EscobarPaula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-54918109849368786342011-05-11T21:14:00.000-07:002011-05-13T13:37:26.912-07:00Em breve: Um espetáculo sem patrocínio<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Gwn9IoO7Rxs/Tctes1IxXzI/AAAAAAAAAFE/4m5z1jU2380/s1600/flyer%2Bum%2Bespetaculo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-Gwn9IoO7Rxs/Tctes1IxXzI/AAAAAAAAAFE/4m5z1jU2380/s320/flyer%2Bum%2Bespetaculo.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5605678285463838514" /></a><br /><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 14px; font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;font-size:11px;">"Ontem, no Auditório da Folha de São Paulo, começamos uma discussão importante sobre Ética, valores, virtudes, caráter e a classe teatral, não só a que faz teatro, mas, também aquela classe de pessoas que fazem de sua vida um espetáculo sem sentido e corrupto. Em breve estaremos estreando UM ESPETÁCULO SEM PATROCÍNIO, em um espaço dentro de você". (Leo Lama).</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px; font-size: -webkit-xxx-large;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px; font-size: -webkit-xxx-large;"><br /></span></span><div><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 14px; font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;font-size:11px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 14px; font-family:'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;font-size:11px;"><br /></span></div></div><br /><br />"E se de repente agora começasse um tempo em que a gente tivesse um de frente pro outro, olho no olho, longe da internet e das telas, longe da dispersão vazia, descobrindo o que tem no facebook do rosto, do livro que tem no olhar de cada um de nós e a gente já não lê mais? E se de repente o teatro surgisse como essa força revolucionária, agora, numa praça menos corrompida, menos vendida, e ninguém fosse estuprado e ninguém precisasse transar com Poder nenhum? O que vocês acham?<br /><br />Amar o próximo como a si mesmo já não serve como ética para o homem moderno. Neurótico típico, ele não busca uma aliança com seu semelhante, e sim um pai que lhe devolva o amparo e as certezas perdidas. Eis um tema para discussão.<br /><br />A vaga de adulto em nossa sociedade está desocupada. O perigo é que quando ninguém quer ser gente grande o autoritarismo Estatal pode surgir para ocupar o espaço deixado pelos adolescentes tardios e relutantes. Precisamos parar de votar em pais postiços e assumir a maturidade como dever." <br /><br />(Leo Lama - dramaturgo e diretor)Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-71317222956832202762011-03-29T21:33:00.000-07:002011-03-29T21:38:32.896-07:00o amor por Ruth Escobar"eu me revejo inteira na minha história. como - apesar de tudo - me busquei fora de mim, como me pensei sempre na dependência das forças abstratas que eu sacralizava: o homem, o herói, o senhor, o amante, o príncipe, o pai! <div>não que eu eu rejeito este sentimento terno que é amar, mas O AMOR Só VALE A PENA QUANDO VOCê CONQUISTA A LIBERDADE. </div><div>então, é um privilégio quando não se reduz entre este jogo entre a caça e o caçador, e cada um pode ENTREGAR-SE ou possuir à vontade, porque sua individualidade é uma fortaleza impenetrável ao casino de lucros e perdas." </div><div><br /></div><div>Ruth Escobar.</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-82369528948235943832011-03-29T20:08:00.000-07:002011-03-29T20:13:58.357-07:00o abstrar concretoRELACIONAMENTO RELACIONA MENTO MENTO MENTE <div>RELACIONA A MENTE </div><div>RELACIONA MENTE RELACIONAR SE MENTE</div><div>RELACIONAR SE A MENTE</div><div>RELACIONAR SE A MENTO RELACIONAR SE O MENTO O MOMENTO</div><div>RELA </div><div>RELA CIO NA MENTO ACIONAMENTO ACIONA MENTO</div><div>RELARSE RELAR LAR E LAR O LAR </div><div>RE CIONAR RE A CIONAR NAR NA R AR </div><div>AR</div><div>SER E ESTAR </div><div>SOLTAR AR RELACIONAR D AR DAR</div><div>SER E SOLTAR</div><div>ESTAR E ESTAR AR EST E AR ESTE AR ESTAR</div><div>RELACIONAMENTO.</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-39407176255999523072011-03-02T18:44:00.000-08:002011-03-02T18:51:45.185-08:00o real<div>a realidade pode ser tantas. </div><div>nada é real. tudo é. </div><div><br /></div><div>cada um tem o seu jeito.</div><div><br /></div><div>respeito acima de tudo.</div><div><br /></div><div>as pessoas mais bonitas são as que se respeitam. </div><div><br /></div><div>as pessoas mais gostosas são as que vivem os desejos, vontades, suas necessidades.</div><div><br /></div><div>o que é para mim, pode não ser para mais ninguém. </div><div><br /></div><div>mas é meu.</div><div>sou eu!</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-66003342397849909962011-02-04T18:01:00.000-08:002011-02-04T18:11:23.401-08:00minha mais nova diva!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TUyxn6Pj5KI/AAAAAAAAAEk/Wni8bTi9mhM/s1600/0%252C%252C46006160%252C00.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 198px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TUyxn6Pj5KI/AAAAAAAAAEk/Wni8bTi9mhM/s320/0%252C%252C46006160%252C00.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5570022138357998754" /></a><br />ouço agora Beach Boys e penso, porque não me sai da cabeça, do coração, no filme Cisne Negro que estreiou hoje no Brasil, dirigido por Darren Aronofsky, e tem como atriz principal a incrível Natalie Portman.<br />se eu já era fã dela, agora ela é uma das minhas divas, assim como Carmen Miranda, Maria Callas e Liv Ullman.<br />uma aula de interpretação, que me lembra o porque eu sou atriz.<br />Natalie se entrega tanto ao filme que te prende do começo ao fim. Posso dizer que o filme é ela!<br />boa direção, boa fotografia, mas é ela quem faz o filme ser magnífico.<br />saí emocionada. e pensei, ouvinda Callas, que eu quero ser uma atriz disponível assim!<br />uma atriz de alma. e quero ter a sorte de encontrar em meu caminho diretores e colegas que me possibilitem me entregar assim. que lindo é ver uma atriz, um ator total!<br />Natalie é total.<br />e repito aqui: se ela não ganhar o oscar de melhor atriz, eu desacredito de vez neste prêmio da cultura cinematográfica norte americana!<br />e viva Natalie. minha mais nova diva!Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-67947215496208102092011-02-01T22:42:00.001-08:002011-02-01T22:46:13.830-08:00amar/desamar"sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando EU CONSEGUIRIA VER EM VOCÊ todas estas coisas que me fascinavam e que NO FUNDO, sempre no fundo, TALVEZ NEM FOSSEM SUAS, MAS MINHAS, e pensava que AMAR era só conseguir ver e dasamar ERA NÃO MAIS CONSEGUIR VER, entende?"<br /><br />Caio Fernando de Abreu.Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-6147557592034081412011-02-01T13:11:00.000-08:002011-02-01T13:13:58.792-08:00Segurança ou Liberdade?Texto de CONTARDO CALLIGARIS, de sua coluna da Folha de São Paulo, do dia 27/01/2010 (que eu copiei do blog do henrique: http://hvalencio.wordpress.com/2011/01/27/coluna-de-contardo-calligaris-de-hoje-na-folha/)<br /><br />Segurança ou liberdade?<br /><br />“As proibições protegem nossa segurança; mas qual liberdade é certo sacrificar para sermos mais seguros?”<br /><br />PASSEI A SEMANA em Nova York e devorei “Só Garotos” (Companhia das Letras), o livro em que Patti Smith, poetisa, artista e roqueira, conta a história de seu amor por Robert Mapplethorpe, desde o encontro dos dois no parque de Tompkins Square, em 1967, até a morte do artista e fotógrafo, 20 anos depois, de Aids.<br />A leitura conjurou fantasmas de meu passado: como Smith e Mapplethorpe, fui jovem no fim dos anos 60 -e um tempo em Nova York. Vestindo jeans pata-de-elefante e uma jaqueta militar surrada, errei do Brooklyn ao Lower East Side de Manhattan, frequentei o parque de diversões de Coney Island e os inferninhos da rua 42 ao redor de Times Square.<br />Talvez Smith amenize um pouco os fatos, para proteger a imagem de Mapplethorpe, ou talvez minhas extravagâncias passadas pareçam maiores do que foram (sempre idealizamos nossa rebeldia). Seja como for, lendo o livro, achei que minha turma era, no mínimo, tão louca quanto Mapplethorpe e Smith.<br />Não penso na promiscuidade sexual ou nas “experimentações” com tóxicos ilícitos. A verdadeira loucura de todos estava na intransigência da liberdade. Smith, numa época em que a fome era violenta, para não desistir (e voltar para a casa dos pais), repetia o mantra “Eu sou livre, eu sou livre”.<br />Essa liberdade corajosamente defendida não se confundia com a preguiça de uma vida à toa. Smith e Mapplethorpe queriam se afirmar como artistas, únicos, diferentes.<br />Se não se confundiam com os demais, não era por eles não serem devorados por um sonho de sucesso. Ao contrário, suas ambições eram tamanhas que eles estavam dispostos a lhes sacrificar todo conforto e segurança. Nisto eram diferentes: não havia preocupação com conforto e segurança que pudesse induzi-los a moderar a liberdade de seus sonhos.<br />Todos nós fumávamos como se o tabaco fosse um vegetal em extinção (será mesmo que não sabíamos que era nocivo?). Transávamos sem camisinha e ao deus-dará (tudo bem, não havia Aids, mas havia gonorreia, sífilis, chatos e maníacos sanguinários). Dirigíamos com o pé na tábua (não havia limites de velocidade, mas sabíamos como tinham morrido James Dean e Albert Camus). Cuidado, não havia nada de suicida nessas atitudes: ao contrário, viver nos importava muito -sobreviver, muito pouco.<br />Em Nova York, mexi em pertences e documentos de meu filho -claro, a pedido dele. Aprendi assim que, nos anos em que morou em Nova York, apesar de minha oposição furiosa, ele tinha uma motocicleta. Passei da irritação ao riso: justamente em 1967, em Ibiza, num estado mental nada indicado para pilotar, eu aluguei uma moto e abracei uma árvore a 60 por hora -sem capacete.<br />Imediatamente, de Nova York, postei no meu Twitter (@ccalligaris): Sem dúvida, as proibições podem aumentar nossa segurança. Mas que liberdades seria correto sacrificar para sermos mais seguros?<br />Alguns lembraram uma frase de Benjamin Franklin: os que renunciassem à liberdade essencial para comprar um pouco de segurança temporária não mereceriam nem a liberdade nem a segurança.<br />1) As liberdades “inessenciais” são apenas aquelas às quais já renunciamos, covardemente. 2) Há 20 ou 30 anos, estamos no meio de uma negociata, da qual sairemos com alguma segurança e liberdade nenhuma. Não vou exemplificar: só faça a lista das atividades que, 30 anos atrás ou menos, não eram sequer regulamentadas.<br />Na luta entre segurança e liberdade, a liberdade está sempre em desvantagem, pois, assim que começarmos a prezar a segurança, como correremos algum risco para defender nossa liberdade?<br />Alguém observará que os “garotos” sempre vivem como se não houvesse amanhã. Concordo, mas não acho que seja apenas porque, em tese, eles estão ainda longe da morte.<br />Há uma outra razão. 1) Em geral, a juventude é o tempo durante o qual mais acreditamos num sentido da vida; 2) o que dá sentido à vida também dá sentido à morte: sempre vale a pena arriscar a pele por uma ideia ou esperança que pareça justificar a existência (no caso de Mapplethorpe, vale a pena sacrificar-se pela arte); 3) inversamente, quando não acreditamos num sentido, estamos muito preocupados com nossa segurança, pois este é o paradoxo: QUANTO MENOS sentido a vida tem, TANTO MAIS valorizamos (mesquinhamente) o simples fato de sobreviver.Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-44416267166004503062011-01-23T19:52:00.000-08:002011-01-23T19:57:17.818-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TTz4jYuSAeI/AAAAAAAAAEY/BkbbqrxVnt0/s1600/celebrar_vida.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 208px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TTz4jYuSAeI/AAAAAAAAAEY/BkbbqrxVnt0/s320/celebrar_vida.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565596526338769378" /></a><br />"ninguém mais me derruba, eu decidi!<br />sim, porque só fazem com a gente o que nós deixamos.<br />então decidi: ninguém mais me deixa triste. pra baixo. Ninguém mais rouba minha energia! <br />decidi: ninguém mais me derruba. <br /><br />eu decido ser feliz".Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-86477495914929326412011-01-19T05:38:00.000-08:002011-01-19T05:49:12.217-08:00da Folha de São Paulo. um absurdo.acordo hoje cedo, abro o jornal, e leio a matéria "Castigo sem crime", com um depoimento do americano Anthony Graves, que foi preso acusado de matar seis pessoas, e mesmo sendo inocente (depois o pai de um das vítimas confessou o crime) fico 18 anos encarcerado, sendo 14 deles no corredor da morte!<div><br /></div><div>http://www1.folha.uol.com.br/mundo/862706-americano-passou-18-anos-preso-por-assassinatos-que-nao-cometeu-leia-relato.shtml<br /><div><br /></div><div>UM ABSURDO!</div><div><br /></div><div>"No meu primeiro julgamento, nem nos meus sonhos mais loucos imaginei que poderia ser condenado. Mas quando você está no tribunal, todo mundo só está preocupado em ganhar o caso, e a verdade se perde totalmente". (Anthony Graves).</div><div><br /></div><div>Isso me fez chorar e refletir no que acontece com os seres humanos. O que está acontecendo? </div><div><br /></div><div>E o pior, é saber que isso acontece em todos os tribunais do mundo inteiro. </div><div><br /></div><div>"não é verdade que o sistema de Justiça americano funciona. Para ter um julgamento justo nesse país, você precisa ter muito dinheiro".(do mesmo).</div><div><br /></div><div>Hum! Típico, não? </div><div>E daí podemos concluir que não são os brasileiros os corruptos nesse mundo. </div></div><div>O que está acontecendo com o ser humano?</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-70450281203410152872011-01-13T20:17:00.000-08:002011-01-13T20:34:42.614-08:00do amor, por rilkede Rainer Maria Rilke:<div><br /></div><div>"É bom ser solitário, pois a solidão é difícil, e o fato de uma coisa ser difícil tem de ser mais um motivo para fazê-la. </div><div><br /></div><div>Amar também é bom: pois o amor é difícil. Ter amor, de uma pessoa por outra, talvez seja a coisa mais difícil que nos foi dada, a mais extrema, a derradeira prova e provocação, o trabalho para qual qualquer outro trabalho é apenas uma preparação. </div><div><br /></div><div>Por isso as pessoas jovens, iniciantes em tudo, ainda não podem amar: precisam aprender o amor. Com todo o seu ser, com todas as forças reunidas em seu coração solitário, receoso e acelerado, os jovens precisam aprender a amar. </div><div><br /></div><div>Mas o tempo de aprendizado é sempre um período de reclusão, de modo que o amor é por muito tempo, ao longo da vida, solidão, isolamento intenso e profundo para quem ama.</div><div><br /></div><div>(...) o amor constitui uma oportunidade sublime para o indivíduo amadurecer, torna-se algo, torna-se um mundo pra si mesmo por causa de uma outra pessoa; é uma grande exigência para o indivíduo, uma exigência irrestrita, algo que o destaca e o convoca para longe. </div><div><br /></div><div>(...) configurando uma relação de ser humano com ser humano, não mais de homem e mulher. E esse amor mais humano (..), será semelhante àquele que preparamos, portanto ao amor que consiste na proteção mútua, na delimitação e saudação de duas solidões".</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-36693049605653577182011-01-13T19:55:00.000-08:002011-01-13T20:17:26.120-08:00?meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo o que quer.<div>meu coração de criança ....</div><div><br /></div><div>mas se o que eu aprendi na física quântica, na homeostase quântica, somos nós quem fazemos nossa própria realidade, então por que eu me prendo? por que não atraio e construo a liberdade?</div><div><br /></div><div>o que, segundo Flávio de Carvalho, é a busca mais dramática do homem, porque liberdade significa alegria imediata consequente da libertação de inferioridades, e, por mais estranho que possa parecer, a noção de liberdade implica na apresentação do espetáculo do indivíduo ao seu semelhante. </div><div><br /></div><div>A liberdade não é o desejo de se afastar do convívio do homem, mas ao contrário.</div><div><br /></div><div>Flávio resume: "a liberdade é uma manifestação de alegria e de superioridade individual e provém da compreensão minuciosa que o indivíduo tem de si mesmo e das relações detalhadas com o seu semelhante.".</div><div><br /></div><div>seria então medo?</div><div><br /></div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-15728219428566461132011-01-04T20:08:00.000-08:002011-01-04T20:09:33.778-08:00música<script type="text/javascript" src="http://votorama.com.br/img/2010/12/123_18.js"></script><div><br /></div><div><br /></div><div>eba... ainda dá tempo pra votar no cérebro eletrônico!!!!</div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-49040137533030996512010-12-13T19:54:00.000-08:002010-12-13T19:55:06.899-08:00do processo do G.E.P.<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; ">o meu homem<div><br /></div><div>"homens calados, quietos e sábios, agem inesperadamente", bem tinha me avisado minha mãe.</div><div>Ele era tão lindo que nem parecia que era daqui. Tinhas os olhos verdes que nem as folhas da primavera, e as bochechas aqui assim, ficavam rosa quando me via. Era envergonhado. Falava pouco, mas falava muito nesse pouco.</div><div>A gente se cruzou os olhos a primeira vez na casa da minha madrinha Rosa, que fazia festa pra comemorar os 25 anos de casada dela. E naquele dia eu pensei que também queria de encontrar alguém pra ficar assim junto tanto tempo, a vida inteira...</div><div>Foi quando olhei pra porta e avistei o José entrando. Ali nos apaixonamos. Ele por mim, e eu por ele. </div><div>Sempre quieto... mas a gente se falava não era com a boca não. Era com os olhos. E quando ele me tocava, eu sentia era ele tocando minh'alma. lá dentro de mim.</div><div>Não consigo entender.</div><div>Eu acho é que alguém é que deve ter feito intriga, invencionice. Deve de ter sido. Ele era o homem mais bonito da cidade e toda a mulherada mal amada, se desenvergonhava pra cima dele.</div><div>Eu sei é que eu ficava louca de ciúmes e brigava e atormentava ele com as caraminholas que eu tinha na cabeça (como ele costumava me dizer). </div><div>E ele ficava atordoado e nervoso dizia não me entender. Foi quando me disse que dali ia embora, queria era achar o mar.</div><div>Fiquei com tanto medo que inventei que filho dele eu estava esperando e que agora o jeito era casar.</div><div>Ele avermelhadamente me olhava, mas agora era de outro sentimento que não era bom não.</div><div>O casamento então marcamos, pra nunca que casar!</div><div>Imagino eu que ele foi é atrás do mar. E sempre me pergunto: "o que será que este mar tem que fez ele me abandonar?". "<br /></div></span>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-24208726803261702742010-12-13T19:01:00.000-08:002010-12-13T19:20:37.751-08:00videbook.http://www.youtube.com/watch?v=x06Rr1rlL8U<div><br /></div><div>texto ótimo do filme do Eduardo Coutinho.</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-86600519507473481402010-11-23T07:36:00.000-08:002010-11-23T07:44:08.195-08:00aprendi com Elisuma vez eu vi uma entrevista da Elis Regina, e confesso que fiquei mal impressionada.<div>a entrevistadora perguntou pra ela o que era mais importante na vida dela. ela, sem titubear, disse: "cantar"! </div><div>a entrevistadora então quis saber: "cantar é mais importante que ser mãe, que seus filhos?", e ela disse que sim!</div><div>fiquei tão chocada na época.</div><div>não tenho filhos (quero ter), mas lembro que fiquei chocada, porque aprendi vivendo, vendo, que filhos são sempre o mais importante na vida de qualquer mulher.</div><div><br /></div><div>isso foi há alguns anos atrás.</div><div>hoje, com 28 anos e mais vivência, eu entendo perfeitamente o que Elis estava dizendo! </div><div>pois se você não é primeiro o que você é, como você pode ser mãe, mulher, ou qualquer outra coisa?!</div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-7929661801038466012010-10-29T05:28:00.000-07:002010-10-29T05:33:23.314-07:00palavras....<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TMq_AQM4_uI/AAAAAAAAAEM/rdvjFUyaUEk/s1600/desingel_445.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TMq_AQM4_uI/AAAAAAAAAEM/rdvjFUyaUEk/s320/desingel_445.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5533445103248015074" /></a><br /><div>“Uma palavra não começa sendo uma palavra – é o produto final</div><div>iniciado com um impulso, estimulado por atitude e comportamento, por sua vez</div><div>ditados pela necessidade de expressão. Este processo acontece dentro do dramaturgo.</div><div>É repetido dentro do ator. Ambos talvez estejam apenas conscientes das palavras. Mas</div><div>tanto para autor, como depois para ator, a palavra é a pequena porção visível de um</div><div>conjunto gigante de invisível.”</div><div><br /></div><div>Peter Brook.</div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-87973349364222659112010-10-25T19:42:00.000-07:002010-10-25T20:08:57.861-07:00a festa do CÉREBRO ELETRÔNICO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TMZDtPEPYXI/AAAAAAAAAEE/EV3MFd0YU90/s1600/33917_1315035655511_1819291734_602886_3925708_n.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TMZDtPEPYXI/AAAAAAAAAEE/EV3MFd0YU90/s320/33917_1315035655511_1819291734_602886_3925708_n.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532183636688724338" /></a><br />Na sexta feira passada, dia 22, no Studio Sp, aconteceu uma festa linda e divertidíssima com show da banda paulistana Cérebro Eletrônico, para comemorar o lançamento de seu terceiro albúm: "Deus e o Diabo no Liquidificador".<div>Quem foi, amou. Quem não foi perdeu! Mas pode curtir este show ótimo no Stúdio Sp, dia 5 de novembro, no projeto cedo e sentado, sem desculpas para não ir, pois não se paga para entrar!</div><div><br /></div><div>segue link para ler a resenha de Guilherme Werneck, crítico do Estadão, sobre o disco: http://blogs.estadao.com.br/guilherme-werneck/deus-e-o-diabo-no-liquidificador/</div><div><br /></div><div>e para ouvir o cd e já aprender para cantar junto no show, o site da banda:</div><div>http://www.cerebrais.com.br/cerebrais/index.htm</div><div><br /></div><div>e para ter só uma idéia da comemoração:</div><div><br /></div><div>http://www.youtube.com/watch?v=AEYcEs0X-wQ</div><div><br /></div><div>e</div><div><br /></div><div>http://www.youtube.com/watch?v=MPaQ32KQtxg&feature=related</div><div>(música desquite, participação de Leo Cavalcanti, Tulipa, Zimbher, Peri Pane, Hélio Flanders e Gustavo Galo).</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Vale a pena conferir!</div><div>Cérebro Eletrônico é: Fernando Maranho, Renato Cortez, Gustavo Souza, Fernando TRZ e Tatá Aeroplano!</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:small;">ps-foto acima: Luciana Brandino</span></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-41151394156512421512010-10-18T19:39:00.000-07:002010-10-18T19:40:28.636-07:00A CIDADE DO HOMEM NU<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="color:#333333;"><br />Uma tese curiosa<br />“Diário da noite”, de 1/ 7 / 1930<br />(Apresentada ao IV Congresso Pan-Americano de Arquitetura e Urbanismo)<br /><br />“A Cidade do Homem Nu”, tese livre do Engenheiro Civil Sr, Flavio de Rezende Carvalho.<br /><br />O Sr. Flavio de Rezende Carvalho, engenheiro civil e collaborador do”Diário da Noite”, apresentou no IV Congresso Pan-Americano de Arquitetura e Urbanismo a seguinte tese, intitulada “A cidade do homem nu”.<br /><br />“O mundo caminha, progride. O estudo das legislações atuais nos leva a convicção de que as cidades futuras terão que abordar problemas opostos aos trazidos até hoje pelas concepções cristãs da família e da propriedade privada”.<br /><br />Cumpre a nós, povos nascidos fora do peso das tradições seculares, estudar a habitação do homem nu, do homem futuro, sem deus, sem propriedade e sem patrimônio. No norte da Alemanha, como em diversas partes do mundo culto, a ligação livre é um fato.<br /><br />A concepção do estado como único proprietário tende a se impor com a socialização dos filhos e da fortuna, sendo que, na conservadora Inglaterra, o imposto sobre a herança já atingiu a 40 por cento.<br /><br />O homem perseguido pelo ciclo cristão, embrutecido pela filosofia escolástica, exausto com 1500 anos de monotonia recalcada, aparece ao nosso século como uma maquina usada, repetindo tragicamente os mesmos movimentos ensinados por Aristóteles. O ciclo cristão destaca sobre as outras religiões por ter dominado o homem mais civilizado. Mas este homem civilizado acorda para ver no ciclo cristão a destruição de si mesmo. As outras religiões são narcóticos idênticos. O burguês venera o passado e os acontecimentos do passado tal como o concebeu tradição decaída: ele repete o passado sem saber porque; ele aos poucos destrói o seu organismo, as possibilidades de progresso e mudança.<br /><br />Nos dias de hoje, a fadiga é manifesta, o homem maquina do classicismo moldado pela repetição continua nos feitos seculares do cristianismo, não mais pode aturar a monotonia dessa rotina. Ele perecerá asfixiado na seleção lógica, pelo mais eficiente, pelo homem natural.<br /><br />A fadiga o ataca, ele precisa despir-se, se apresentar nu, sem tabus escolásticos, livre para o raciocínio e o pensamento.<br /><br />Apresentar sua alma para pesquisas; procurar a significação da vida.<br /><br />Violentamente atacado de cristianismo, o progresso que cura será talvez lento, mas não impossível.<br /><br />Perseguido pelos tabus da sociedade, ele limita a seus desejos, aperta o seu cérebro, impedindo o raciocínio de funcionar, dando preferência á repetição por encontrá-la feita; evitando a todo custo instante a mudança, transformação indispensável ao progresso.<br /><br />Por que entravar o progresso com o velho mecanismo escolástico, por que venerar o passado, quando não conhecemos nenhum limite ao pensamento, por que abafar os nossos desejos, quando não conhecemos a natureza ultima desses desejos, não conhecemos sequer as conseqüências desses desejos?<br /><br />O homem livre, despido dos tabus vencidos, produzirá coisas maravilhosas, a sua inteligência libertada criará novos ideais, isto é, novos tabus, o seu ‘ego’ selecionara automaticamente em grupos, procurando caracterizar em cada grupo uma serie de tendências.<br /><br />Livre, ele sublimará seus desejos com saciedade, aparecendo logo novos desejos, apontando para novas tendências. . . Isto é mudando . . . progredindo.<br /><br />Livre, ele se organizará automaticamente porque não encontrará nenhum impedimento social que proíba organizar – e poderá progredir.<br /><br />Presentemente, ele labora lutando contra as suas tendências sem um objetivo em vista, sem saber porque ele luta, nem aonde vai. É um mecanismo de repetição não produtivo, é um mecanismo nefasto que procura destruir o que há de mais grandioso; procura destruir a sua possibilidade de melhorar, de progredir.<br /><br />O homem se destrói a si mesmo, sem saber por que.<br /><br />A visão de uma nova era se apresenta para a humanidade. Um novo momento atrai o homem: como progredir?<br /><br />A sua índole repele o passado por que no passado nada viu senão a repetição dos dogmas inconvenientes. Ele deseja saltar fora do circulo, abandonar o movimento recorrente e destruidor de sua alma, procurar o mecanismo de pensamento que não entrave o seu desejo de penetrar no desconhecido.<br /><br />Pesquisar a sua alma nua, conhecer a si próprio.<br /><br />Mas, qual será esse mecanismo?<br /><br />Em S. Paulo fundou-se, há alguns anos, a ideologia antropofágica, uma exaltação do homem biológico de Nietsche, isto é, a ressurreição do homem primitivo, livre dos tabus ocidentais, apresentação sem a cultura feroz da nefasta filosofia escolástica. O homem, como ele aparece na natureza, selvagem, com todos os seus desejos toda a sua curiosidade intacta e não reprimida. O homem que totêmica, o seu tabu, tirando dele o rendimento máximo. O homem que procura transformar o mundo não métrico no mundo métrico, criando novos tabus para novos rendimentos, incentivando o raciocínio em novas esferas. Esta idéia iniciada em São Paulo por Raul Bopp, Oswaldo Costa, Clovis Gusmão, Oswald de Andrade e outros, com ramificações no Rio e outros Estados, foi entusiasticamente recebida pelo filosofo Keyserling e o urbanista Le Corbusier que viram nela um mio de progredir: uma possível felicidade longínqua.<br /><br />O homem antropofágico, quando despido de seus tabus assemelha-se no homem nu.<br />A cidade do homem nu será sem duvida uma habitação própria para o homem antropofágico. Lá ele poderá sublimar os seus desejos organizadamente. Lá, ele poderá sentir em si a renovação constante do espírito; o movimento da vida aparecera de um realismo estonteante e ele compreendera que viver é raciocinar velozmente e dominar os tabus pela compreensão.<br /><br />A cidade americana não é mais a cidade-fortim da conquista. Ela será a cidade geográfica e climatérica, a cidade do homem nu, do homem com o raciocínio livre e eminentemente antropófago.<br /><br />A cidade antropofágica satisfaz o homem nu porque ela suprime os tabus do matrimonio, e da propriedade, ela pertence a toda coletividade, ela é um imenso monolito funcionando homogeneamente, um gigantesco motor em movimento, transformando a energia das idéias em necessidades para o individuo, realizando o desejo coletivo produzindo felicidade, isto é, á compreensão da vida ou movimento.<br /><br />A cidade do homem nu será toda ela a casa do homem. O homem encontrará na sua casa imensa, as suas necessidades organizadas, arquivadas em locais apropriados, permitindo o acesso fácil e em imediato. Ele não perderá energia inutilmente como nosso homem de hoje. A sua fadiga será a mínima, o seu rendimento espantoso surpreendera a ele próprio, ele encontrará na sua vida uma nova felicidade, a felicidade da eficiência; um novo orgulho, o de ter conquistado a sua alma, o orgulho da compreensão da sua existência e do desejo de mudar sempre.<br /><br />A cidade organizada formará um único monolito com aspecto uniforme. O aspecto será função das necessidades do homem.<br /><br />Ela simbolizará pelas suas formas, pelas suas cores, o mecanismo da alma do homem nu.<br /><br />A cidade será a imagem matemática do homem livre, o homem que repeliu a angustia do dogma escolástico, do homem que libertou o seu raciocínio de uma decrepitude indesejável.<br /><br />As necessidades do homem serão concêntricas por ser a disposição concêntrica mais igualmente acessível a todos. Elas serão localizadas em círculos concêntricos. O bem estar geral da cidade, a magnitude da eficiência da vida da cidade depende da posição relativa dessas zonas.<br /><br />Uma zona inconvenientemente locada, em relação ao centro, poderá trazer sérios distúrbios no equilíbrio orgânico das cidades, perturbando o seu processo.<br /><br />As nossas cidades de hoje são verdadeiros pandemônios e vivem em constante desequilíbrio.<br /><br />O homem de hoje gasta as suas energias inutilmente devido ao organismo doentio da cidade. A cidade cansa o homem, destruindo a sua energia vital.<br /><br />O homem da cidade de hoje não aproveita a sua capacidade de produção, não pode aproveitar, porque o organismo burguês desorganizado tudo faz para aniquilar no homem o gosto pela vida, o entusiasmo de produzir coisas, o desejo de mudar.<br /><br />A cidade do homem nu será a metrópole da oportunidade, um centro de sublimação natural dos desejos do homem, um centro de reanimação de desejos exaustos; um grande centro de produção de vida orgânica, de seleção e distribuição desta vida em formas de energia útil ao homem. Um grande centro de pesquisas para descobrir as coisas do universo e, da vida, para conhecer a alma do homem, torná-la métrica e utilizá-la no bem-estar da cidade.<br /><br />A cidade do homem nu é dominada pelo centro de pesquisas, é esta a única autoridade constituída; ele seleciona e distribui, de acordo com o critério cientifico, ele domina e ordena todas as energias da metrópole, ele é o deus mutável, o deus em movimento continuo, o deus símbolo do desejo maravilhoso de penetrar no desconhecido.<br /><br />O centro de pesquisas em forma de um anel externo e concêntrico com os outros anéis. Ele é o primeiro anel da cidade,<br /><br />O centro de ensino de orientação do homem é um anel anexo ao centro de pesquisas. O centro de gestação, máquina imensa onde a vida estudada, catalogada, se encontra isolada por um parque do centro de pesquisas.<br /><br />Devido ás magníficas condições higiênicas das cidades, o centro hospitalar é pequeno e faz parte do centro de pesquisas.<br /><br />A erótica ocupada na vida do homem nu uma posição de destaque. O homem nu selecionará ele mesmo as suas formas de erótica; nenhuma restrição exigirá dele este ou aquele sacrifício; a sua energia cerebral será suficiente para controlar e selecionar os seus desejos.<br /><br />A zona erótica é realmente um imenso laboratório onde se agitam os mais diversos desejos, onde o homem nu pode encontrar a sua alma antiga, pode projetar a sua energia solta em qualquer sentido, sem repressão: onde ele realiza desejos, descobre novos desejos, impõe a si mesmo uma seleção rigorosa e eficiente, forma o seu novo ‘ego’, orienta o seu libido e destrói o ilógico, aproximando-se assim do deus símbolo, sublime angustia do desconhecido da mutação do não métrico.<br /><br />A religião tem o seu lugar adequadamente localizado na zona erótica. A administração se encontra no núcleo central da cidade assim como a locomoção que é toda subterrânea e se irradia desse núcleo.<br /><br />A habitação está localizada num grande anel central próximo a administração.<br /><br />***<br /><br />A cidade do homem nu é a habitação do pensamento, o homem produz idéias que são orientadas e aproveitadas na melhoria da raça e no caminhar do progresso.<br /><br />É uma grande máquina de idéias para calcular o meio de progredir sempre, calcular um processo de constante renovação mental.<br /><br />Os núcleos industriais e produtivos estão situados fora da grande máquina de calcular. A cidade do homem nu é um motor gastador de idéias que orienta e dirige o país movimentando a industria e a agricultura, preparando o homem para ser feliz.<br /><br />O continente americano, pela sua privilegiada situação histórica, está mais apto que qualquer outro a contemplar o problema do homem nu.<br /><br />O continente americano não herdou do passado o recalque trágico da filosofia escolástica, ele possui elementos próprios para criar uma civilização nua; um novo mecanismo despido dos tabus da velha Europa, uma renovação cientifica e estética que o colocará na vanguarda da organização humana.<br /><br />***<br /><br />Convido os representantes da América a retirarem as suas mascaras de civilizados e pôr á mostra as suas tendências antropófagas, que foram reprimidas pela conquista colonial, ma que hoje seriam o nosso orgulho de homens sinceros, de caminhar sem deus para uma solução lógica do problema da vida da cidade, do problema da eficiência da vida.”<br /><br />Flávio de Carvalho</span></span>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-79814890422677875482010-10-16T19:38:00.000-07:002010-10-16T20:01:08.631-07:00VÍRGULA MESMO.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLpmea04B1I/AAAAAAAAAD0/3D-F4pGXIV4/s1600/marcel1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 207px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLpmea04B1I/AAAAAAAAAD0/3D-F4pGXIV4/s320/marcel1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5528844165333911378" /></a><br />O nome do blog "vírgula mesmo", vem do nome da obra: "A noiva despida pelos seus celibatários, mesmo ou O grande vidro", de Marcel Duchamp (1887-1955).<div>Duchamp é um dos mais importantes artistas da história da arte, foi precursor da arte conceitual, do dadaismo, surrealismo, inspirou vários artistas como Tristan Tzara, Jonh Cage, André Breton, introduziu o que denominou de ready made como objeto de arte.</div><div>Foi um grande pensador e artista e contribuiu imensamente para a arte, e dentre as muitas fascinantes obras que deixo sempre me intrigou o nome dado à sua mais complexa, a já citada: "A noiva despida pelos seus celibatários, mesmo ou O grande vidro", que trata-se de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra onde se vê uma figura geométrica acima, representando a noiva, e várias outras figuras na parte de baixo, dispostas em círculo ao lado de uma engrenagem, representando os celibatários. </div><div>Esta obra ainda gera muita discussão, pois ainda não chegou-se ao consenso sobre o que ela representa. </div><div>Mas uma coisa podemos ter certeza: seja lá o que a obra (inicialmente, para seu criador) representa, ela representa VÍRGULA MESMO! </div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-89293204014331350622010-10-15T20:55:00.000-07:002010-10-15T20:56:26.026-07:00sinto que preciso me desligar do mundo pra descobrir quem sou, mesmo! Mesmo!Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-29832114463299297282010-10-12T11:54:00.000-07:002010-10-12T12:31:58.228-07:00Intimidade e Barulho<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLS3gS1YCVI/AAAAAAAAADs/f2bx_6Jvamo/s1600/Laurie-Anderson.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 260px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLS3gS1YCVI/AAAAAAAAADs/f2bx_6Jvamo/s320/Laurie-Anderson.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527244408129849682" /></a><br />Hoje na Ilustrada, da Folha de São Paulo, saiu uma matéria ótima de Fabio Cypriano, sobre a artista americana multimídia Laurie Anderson que traz ao Brasil, sua primeira grande mostra, chamada "I in U" (eu em tu), a partir de hoje no Centro Cultura Banco do Brasil.<div><br /></div><div>Laurie, violonista de formação, estudou escultura, e desenvolveu seu trabalho a partir da interação entre música, artes visuais e tecnologia. Sempre atuando na cena alternativa de Nova York, conviveu com artistas como a coreógrafa Trisha Brown, o consagrado diretor de teatro Robert Wilson e o pai da música alternativa Lou Reed, com quem é casada. </div><div><br /></div><div>Nesta mostra, a artista vem discutir a relação entre barulho e intimidade, e numa cidade ruidosa como São Paulo, propõe um ambiente intimista, como uma espécie de abrigo antiestresse das caóticas ruas do centro da cidade.</div><div><br /></div><div>A primeira parte da mostra traz uma recriação de um trabalho que desenvolveu na década de 1970, utilizando sons e tecnologia. </div><div><br /></div><div>"A tecnologia não representa para mim um fim, ela é apenas um meio" (Laurie Anderson).</div><div><br /></div><div>Assitam o vídeo "Oh Superman", de 1981, o maior sucesso da artista, no site http://videos.sapo.pt/KFJZBo15yhlqKbZuycZp</div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6085761848643433830.post-71554767833656247502010-10-10T14:45:00.001-07:002010-10-10T14:52:34.614-07:00QUER APARECER?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLI1lgXP-fI/AAAAAAAAADk/kHxhVc3usEQ/s1600/annadellorusso.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_gQbvdOjvVaY/TLI1lgXP-fI/AAAAAAAAADk/kHxhVc3usEQ/s320/annadellorusso.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526538611195902450" /></a><br />Meu pai sempre me disse: "quer aparecer? coloca uma melancia na cabeça!".<div>Será que foi justamente isso o que pensou Anna Dello Russo, editora da Vogue Japão, ao escolher este traje para ir ver e SER VISTA, na semana de moda de New York? </div><div>seria isso uma "ação performática", um protesto à necessidade desesperada de sermos vistos a qualquer custo?! </div><div>OU seria uma competição com Lady Gaga?!!!!!!</div><div><br /></div><div><br /></div>Paula Liberattihttp://www.blogger.com/profile/09579646623206286585noreply@blogger.com1