giovedì 29 luglio 2010

vídeo

texto cristiane lisbôa
atriz paula liberatti
direção dan nakagawa
É quinta feira, cinco e dezesseis da tarde. Bebo o cabernet mais barato da vinícula em frente à minha casa, deitada no tapete preto novo, ouvindo Edith Piaf cantar.

E me sinto.

Algumas lágrimas descem de meus olhos marcando as bochechas até o pescoço, de onde não as sinto mais. Me pergunto sem falar: "por que eu vivo?".
Pra quê, talvez fosse o melhor termo.
Penso em ligar para meu pai. Mas não quero assustá-lo.

Me veio à cabeça a seguinte frase: "ser atriz é sofrer quando se está feliz, e ser feliz quando se está triste". Será?

De fato, é estar sempre sentindo.
Mas eu gosto de sentir. Sempre sinto tudo, muito, e exagero.....

ah!
todo mundo é difícil de se ser assim?

sabato 10 luglio 2010

talvez não....

eu sou muito feminina pra escrever no viés masculino
não consigo
eu digo, que homens são mais complicados que mulheres
nós somos super fáceis de sacar: sempre, sempre, tudo é porque simplesmente queremos um abraço!
é simples assim mesmo.
ou não?

sonhos

Hoje tive uma tarde feliz. Uma tarde do jeito que mais gosto das tardes: café na casa da minha mãe no interior, às quatro ou cinco da tarde, com minha mãe e minha avó! E desta vez foi especial... tinha sonhos da vovó!
hum... gosto de infância... tomar café e comer sonho ouvindo as lembranças da minha avó Dalva.
e foi quando ela me perguntou se eu lembrava da poesia que eu escrevi no carnaval de 1994 (eu tinha 12 anos) no chão da casa dela, e que depois ela copiou?
eu disse que lembrava que ela havia copiado, mas não me lembrava da poesia.
então, ela se virou e abriu uma gaveta atrás dela e tirou vários de seus livros de receitas, e achou grudado na última folha de um deles, a minha poesia, que me lembro de ter escrito numa noite quente de lua cheia.
aí vai....,meio sem pé nem cabeça!

"quando tu procuras a Lua,
e ela demora,
então vais embora.

aí quando ela chega aqui
e não te vê,
ela chora.

porque ela batalhou tanto,
e no entanto você foi embora
e não estais aqui para ouvir,
para ver e acreditar que ela vai brilhar.

depois a inveja a toca,
e sua alma se perde na escuridão.

e essa amiga,
lhe estende a mão,
com a paz e compaixão
que falta em teu coração,
que um dia,
alguém invejoso
passou corajoso e lhe roubou
a coisa mais valiosa do teu coração.

e agora,
tu te refugias em alguém
que conseguirá a vitória
porque sonhava em ter a glória.

por isso,
deixou a Lua sozinha
passando a tristeza
a quem só viveu de alegria."

giovedì 8 luglio 2010

bate bate...

andei pensando... e lembrei...
meu pai, nos meus treze anos, me obrigou (sim, porque tinha uma certa dificuldade) a fazer aula de DATILOGRAFIA.
nossa.... eu tinha pavor! Lembro que era no Senac e ía sempre depois da natação, exausta, datilografar na máquina dura, manual e pesada!
Demorei quase um ano pra fazer o curso de quatro meses, porque eu nunca passava na última prova, na qual não era permitido nenhum errinho!
hoje lembrando, até deu saudades do cheiro da tinta, do barulho do reeeec do voltar da margem, dos tac tac tac do bater dos dedos das outra pessoas na sala, que comigo, mas cada um no seu bater, compunham uma sinfonia de ruídos das antigas máquinas de escrever.

e refleti, observando amigos escrevendo no computador, que não é todo mundo, da minha geração, que domina a arte de digitar! por mais que escrevam rápido, é ainda sem a técnica de dominar o teclado.

pensei que minha mão já se cansa quando escrevo mais de dois minutos...
lembrei que meu pai e minha mãe batem forte no teclado do computador, acostumados com aquelas máquinas...
e indaguei se não era hora de termos aulas de datilografia na escola?

oOLHAr

tive um sonho:
me apaixonava. meu novo amor era lindo. era cego. não me olhava.
ele se apaixonava e sofria por não poder me ver. dizia que sofria porque nunca veria como eu era linda.
e respondi:
bobagem. me apaixonei por você porque você sente minha beleza. é esta beleza que importa.
é assim que sou linda, mesmo.