martedì 28 settembre 2010

antifiguri



ANTIFIGURI
(vinicius de moraes)

AQUILO QUE EU OUSO
NÃO É o que quero
eu QUERO o repouso
do que não espero

não quero o que TENHO
PELO O QUE CUSTOU
Não sei de onde venho
SEI PARA ONDE VOU

homem, SOU FERA
poeta, SOU UM LOUCO
AMANTE, sou pai

VIDA, QUEM ME DERA
AMOR, DURA POUCO
POESIA, ai....

giovedì 23 settembre 2010

domenica 19 settembre 2010

festival INDIE.10


CINEMA. hoje fui assistir no festival Indie 2010, nos cinesesc, o filme japonês "sonata de tóquio" de kiyoshi kurosawa, diretor que tem uma retrospectiva de seu trabalho exibido na mostra. saí emocionada. um filme dramático bem construído que narra uma família comum japonesa e seus problemas a partir de quando o pai perde seu emprego e esconde da família.

para mim, o que ficou mais marcado foi a percepção de que o indivíduo precisa estar resolvido como indivíduo para estar em harmonia com o coletivo, mesmo que este coletivo seja sua família.
pouco diálogo, mas muito bem escrito. quando a mãe diz "só temos a nós mesmos para mudar" e isso é bom, é um alívio saber que basta a gente ser feliz com a gente!
o filho mais novo, descoberto como um talento raro para o piano, dizendo que prefere ficar sozinho pois sempre que diz algo a alguém é mal interpretado e traz discórdia. e na última cena isso fica claríssimo, ao vermos o menino tocar. podemos ver que o silêncio é bom. e que a fala definitivamente não é a única forma de comunicação.
ver um pai tentando manter-se como "protetor" e mantenedor da família, e seu caminho até aceitar as mudanças e dignamente continuar sua vida.
atores firmes, que trazem tudo no olhar, como deve ser. uma aula de interpretação!
um filme que, no meu processo de fortalecer-me como indivíduo, tranquilizou--me: pois fica claríssimo, que os processos de evolução, a gente só pode viver sozinhos, mesmo!

venerdì 17 settembre 2010

Arnaldo Jabor


virei fã do Arnaldo Jabor assistindo apenas um filme dele: "eu te amo". estava na faculdade de performance, e ao ver o filme, pirei! que lindo ele com um castiçal e velas acesas indo acender as luzes da casa, e liga várias televisões, que transmitem ao vivo a mulher dizendo ao marido que não o quer mais. a mulher: Vera Fisher, linda, nova, natural. e a cena que ele "chupa" os peitos dela pela televisão! é vídeo arte no cinema! lindo! genial! além de mostrar a beleza da mulher como ela é, sensuais sem serem perfeitas, sem silicone, com manchas nas pernas. o que é Sônia Braga sensualíssima, solta, livre, forte?! com a música de chico buarque e tom jobim embalando o romance non-sense que acontece dentro de um fenomenal "louco" apartamento. lindos monólogos e diálogos: como quando maria/monica/Sônia Braga diz: "eu estou à procura de palpabilidade". interpretação pesada. homem na sua natureza sexo, animal. participação de Regina Casé, já engraçada. Tarcísio Meira no auge do canastrão.
comprei toda a filmografia de Jabor e não vejo a hora de devorar tudo. mas, claro, comecei com "eu te amo". fime genial, precursor, uma delícia.
e após vinte e quatro anos sem filmar, Jabor volta aos cinemas com seu novo longa "a suprema felicidade", que abrirá o festival de cinema do Rio 2010.
estou muito curiosa pra ver! uhu.
enquanto isso, vou assistindo os anteriores, que acredito serem tão bons quanto "eu te amo", que EU JÁ AMO, mesmo!

martedì 14 settembre 2010

Flávio de Carvalho


"outra experiência posterior, o New Look de Verão, foir também antecipadamente pesquisada e preparada por Flávio de Carvalho em quase um ano de estudos enquanto publicava no Diário de s. Paulo uma série de artigos denominada A moda e o novo homem sobre a forma de vestir. Inconformado com a maneira inadequada de vestir-se dos homens dos trópicos, começa a pensar em uma maneira radical de transformar as vestimentas do homem brasileiro com o objetivo de desenvolver uma proposta mais coerente para o clima quente.
assim, mesmo anteriormente à existência de uma teoria da moda, o artista já tinha pensado a moda como questão sociológica de fundamental importância, mais uma vez demonstrando o quão avançada eram as suas ideias.
mais uma vez usando as ruas de São Paulo como espaço de experimentações para a sua experiência sociológica, que segundo Toledo (1994), o coloca como pioneiro da teoria da moda no Brasil, o artista desfilou em 18 de outubro de 1956, na rua Barão de Itapetininga, com o seu traje de verão. Composto de saiote verde e blusa amarela com meia arrastão sandálias de couro cru e um chapéu de nylon branco transparente.
o artista, pra comprovar a praticidade da roupa andava pelas ruas calmamente da mesma fora que andaria se estivesse com roupas tradicionais e cotidianas. A roupa tinha a função de resolver um problema social, já que na concepção do artista era um traje perfeitamente possível para uso popular em clima tropical, racional e de preço acessível a todas as camadas da sociedade.
Essa experiência é um ato inteiramente performático tanto pelo seu caráter de pesquisa como pela intervenção renovadora em um costume arraigado, e ligado ao corpo e seus movimentos e exposição, e que antes não havia sido pensado. Ao pensar um traje, anteriormente só concebido como figurino a ser utilizado em espaços específicos, como, por exemplo, o teatro, transportou uma preocupação simplesmente artística para um espaço e uso social.
Flávio de Carvalho usou, não só novas linguagens, como também o corpo como mídia para suas ideias, conceito que será explorado artisticamente a partir da década de 1980."

(trecho tirado da pesquisa de iniciação científica de Paula Liberatti, sob orientação da Dra. Naira Ciotti, com bolsa do CNPQ, realizada no curso de comunicação de artes do corpo, da PUC-SP, no ano de 2006, entregue em 2007, com título: FLÁVIO DE CARVALHO: ARTE TOTAL EM TERRAS BRASILEIRAS).

lunedì 13 settembre 2010

do processo.


do processo, do grupo dAdversydade.

"eu andava e olhava um por um, procurando você. te procurava. ... te procuro. ainda procuro você. caminho com dor te querendo, te enxergando.
teu olhar me acompanha, e me rasga por dentro pra me fazer sentir que não estamos mais. não somos mais.
mas não consigo ... não consigo ir sem você. sozinha. abandonada ao amor. abandonada ao meu amor.
porque o meu amado é também medo e covardia. e eu: amor. sozinha.
e mesmo contra tudo o que eu sentisse eu caminhei.
ai ai. será que vou conseguir viver sem ele, até a grande hora chegar? será que vou conseguir viver? será que vou?"

sabato 11 settembre 2010

vídeoblog

Projeto vídeoblog no blog da escritora mais incrível Cristiane Lisbôa, onde tenho a hora de interpretar textos dela!
segue o link para ler e ver mais....

http://cristianelisboa.wordpress.com/


martedì 7 settembre 2010

comercial

o comercial mais bonito que fiz!!!!

venerdì 3 settembre 2010

O ATOR

O ATOR

Por mais que as cruentas e inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem
duro e cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias
coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave
onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida.

Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de
forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo,
tirá-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se
sujeita, e inquietá-lo e comovê-lo para as lutas comuns da libertação.

Os atores têm esse dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos onde
não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e autores, têm esse dom. Por isso
o artista do teatro é o ator.

O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida
em que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas o ator
tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito
mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator
de verdade vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que
o ator tenha muita coragem, muita humildade e, sobretudo um transbordamento de
amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de suas
personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano
não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de
ética pretendem.

Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de
euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como
viajor solitário, sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos
de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de
caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos
martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma,
sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano
reprimido, violentado.

Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os aleijões da
alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e
caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e
pelo amor.

Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter não é o
dinheiro, não são os aplausos – é a esperança de poder rir todos os risos e poder chorar
todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto
são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por
eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado
por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica

Arte em Cena

Do mestre Plínio Marcos